Arrimo sanguessuguinário, valor uno
Que vivo a massa nua d'apatia.
De meter-me em becos, onde a escuridão
Nos põe ratazanas cegas e comuns,
Cultuo o medo.
De concluir só o raso
Preferir só o fácil, Gerdau
Não me obriguei.
Amei propinas, deitei fuça na lama
Velhas amarguradas na cama
E uma gruta fria de lar.
Pinotes que dava, falsidade só
Engabelava termos de contratos
Desgraça doutros, Gerdau.
Quem mau, deitou os dedos na porta
E a maldita esfarelou
Lá dentro, mordiscava gabirus
Tentava a lingua dos ratos
Me acusavam, Gerdau, canibal.
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