quarta-feira, 14 de setembro de 2011

RONDINHA, POR APARECER

Vê só, Rondinha dando lance, se pode dessa. Vizinha dispõe seu pouco vintém por aquelas pernas cruzadas, que frequenta Igreja Batista e seu filho é sacaninha desde cedo, denunciam as bananeiras e as espiadelas. Meu Deus, Maria, tudo teu na rua! Tanto faz; mentira, gosta desse despojo masculino, responde se escancarando mais. De perto, o prazer na vera é o batente frio direto no rabo, esparrame de carne branca. E não tem pano na minisaia de chita praquele colosso. Daí quando o sol esquenta todas as manhãs, depois de subir cheiro úmido de queijo (do cabelo ou do sexo, Maria?), é vez de levantar e entrar pra dentro; bate com a hora de Vizinha sair pra atender no salão. Rapariga gorda, pro Inferno, saía de bicicleta. Aí as mãos na cintura e larga o batente de pronto, ficando de pé. A saia se perde na fenda traseira, desencrusta-a e dá umas batidinhas sem real interesse de livrar o rabo cinzento da poeira. Jardim horrível, casa caída, que vida. Do outro lado da rua, Vizinho solta beijos por cima do muro, moleque roludo. Foi noutro dia que tocou no rapaz, antes do futebol, aprovou o comprimento, quis provar, mas Vizinha vigilava e nem estava tão carente de modo. Liberou-o, ordenando que fosse pra casa ligeiro. Hoje não responde, dá um rodete nem aí, vira de costas e se tranca no barraco.

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