domingo, 12 de dezembro de 2010

"madre eu te peço
não chore as penas minhas
nestes versos que te faço
nas asas das andorinhas
te confesso não mereço
teu amor oh madre minha
que te vi já vai bom tempo
já deves estar bem velhinha
ouça-me na voz dos ventos
nas asas das andorinhas
oh madre lamento
estás tão sozinha"
Elomar Figueira de Melo



Nos umbrais das covas ornadas, suspensas
Correm cada e todas as lacraias, também formigas correm
No que piso e explodem, todas de mesma laia, morrem
Não se doem seus parceiros, continuam

Mas ali tem vários seres que choram, e mortos
Suspensos, em ossos, recém entrados e recém entrada
Dessa, a caminhada: pelo que choram.

E choro. Tal que me igualo; seus olhos
Fechados mortos, doridos de luta
Disseram-nos serenos, mas não...
São fendas pequenas de uma guerreira.

ôôô Zuila! adeus.

3 comentários:

Talles disse...

Homenagem muito linda, cara.
Parabéns pelo talento e epla sensibilidade
Te admiro pra caramba.

Manoka disse...

parabéns Luiz.

Lizi Correia disse...

Algumas vezes as pessoas só parecem ir .. mas na verdade elas só marcam e ficam mais.
Um abraço forte.