sustância
Alguma sugestão, Matilda?
Perdão? Ovos; ponho três!
Mais alguma coisa? Nem sei...
Já está ótimo.
por que?
Fico douto com ovos no estalo
Nutriente pra que aguente
Rondinha roliça, mulher bactéria
Qual de uns tempos pra cá
Desistiu da matéria;
Das pilhérias preliminares,
Da explosão láctea, miséria;
Dos rasgos avolumados, das mordidas;
Das brigas, enfim, da vida.
chegada
É tal que chego douto hoje em sua porta
Violão, versando, vinho, não vigor
Delicadeza poética com a dama bactéria
Obesa leitosa, se desprezara palavras
Hoje prega qualquer coisa contrária
E não entende dessas novas pilhérias
Nem eu, dono momentâneo delas
Fugidas com quartas intenções...
E o fitar: na fenda coberta.
O dela: no lodo das calhas;
Nada além dele, pois em poesia
O lodo ganha por ser lodo
Ela perde por ser ela:
Rondinha roliça, mulher bactéria.
cerco
Enrolo, faço danças, vomito ditames poéticos
Bato nas cordas da viola, que profissional!,
Atuo pra ela; Sou rei, boneco, soldado
Dou uma espiadela, sou navegador, palhaço
Atento na fenda, sou mímico, caxeiro-viajante
Sou cego, médico, olha ali um sentir líquido
Sou barbeiro, bicheiro, ardor vívido
Sou amante, é certeza: a fenda deseja!
Ali sem ânimo
Seios na rua
Acaba suas noites cansada;
Leitosa enganada,
Labuta servindo:
Empoleirada.
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