terça-feira, 4 de novembro de 2008

CONSELHOS DE CAVALO

Olha mesmo se não foi correr Matias
Doido cansado de botinas mui pesadas
Esbravejando a sua espada cega em ares doidos
Bem mais, feria nuvens, monstros, princesas
Camponeses, andarilhos e o que há Matias!
Que há, Matias? Vai, continua a correr,
Nobre demência dum fidalgo cavaleiro
Parece até saído despercebido
Do coraçao dúbio de um daqueles guerreiros.
Correndo sempre, cortando o ar
Saliva como rastro, pedras dos meninos.
São os cavaleiros, sim, meio Matias!
Troveja, troveja bem forte!
São teus grunhidos horrendos que inflamam tua espada
Vamos! Desce rolando a relva com tais botinas emprestadas
Desce com teu brasão, oh que dragão, Matias, desce.
Vem doido matar dragões, chega tocando os corações
Desperta fidalgas demências destes nobres cavaleiros:
Te respiram, Matias.
Como disse, foi deles que escapaste em fluido invisível
Dum laço, pedaço de romance.
Como foi não se sabe, mas corre, Matias!
Grande é o vale e todos os desafios.

Um comentário:

Márcia de Albuquerque Alves disse...

Escrever contos dentro do contexto do medievo é algo muito interessante, e achei muito legal!
A Idade Média, no meu ver, além de ser uma história misteriosa, ainda ressalta sobre temas como cavaleiros, reinos, guerras, amores, a honra, entre outros, de forma muito intrigante, como se a cada história fizéssimos uma viagem no tempo. E seus contos então, sem comentário, gostei demais!