Pífio impasse ao ego,
Impasse pífio envolve meu ego...
Saber que ser amado é distante, Padre, dói!
E dói na base, desmorona o que um dia fora vida
Ataca a raiz, ataca meus pés, meu sustento...
E ataca também meu saber, que atraca no passado
Paralisa minhas funções e congela minhas memórias.
Ah, Padre! Como dói... Doem também as dores já doídas, tratadas, curadas.
Reabrem, sangram, Padre! Que conselho é útil à ferida pretérita?
Se já passara? Se já cessara? Se ja fechara?
Talvez diria que algum divino, um palpite dos céus....
Como se houvesse, Padre... Como se houvesse um outro ser gritando-me ordens
disfarçadas em palavras reconfortantes!
Pois digo que apenas Ela, só Ela o faz!
Por vezes, ao fim da tarde, Padre, tenebroso, chega o ápice da dor
E saio pela penumbra procurando o Nada escondido em Tudo...
Mas na verdade a procuro, Padre...
A impossibilidade do sucesso me fadiga
As lamparinas da cidade me convidam
As mãos acenam, os sons me movem
Imagens femininas distorcidas
Tarde. Onde está ela? Álcool.
Vago, vago... Toques e ilusão.
Por momentos a tenho, Padre.
Mas aquilo Tudo Nada passa de ilusão.
Luiz Víctor 27/03/08
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