domingo, 31 de julho de 2011

CHEIRO DE MARIA RONDA

Silêncio, Rondinha!
Arremetida crua é de direito
Pois o ponto de lascívia, pequeno fosso
Esculpido no tecido vagabundo
De onde estais, se mostra, acossa
Meus instintos masculinos.

Que vai embaixo do móvel?
Camundongo? Vem. Joia perdida?
Ramo da gira? Moeda rolada?
Poeira, sujeira? Vai, revista esquecida?
Racões? Fumo? Camisas de vênus?
Vem, comida? Tralha, besteiras?
Caneta? Vai rabeiro quitute alojado!?
Aquele compasso? Vem cacimba de banho!?
Tem tempo a procura
Sem luz, às escuras.

Nenhum comentário: