segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Tendes visitantes na comida; prato movente de restos animais,
E o cheiro? Idolatrai! É o peso mínimo que vos dará pé!
Adiante, desertifiquei mil milhas, pontuei de filés...
Correi, ide com ou sem desordem, pois são nacos iguais:
Arrastam-se fétidos com minúsculos pés, peludos, odiosos
Mal-cheirosos componentes microscópicos do processo que criei.
EU SOU DEUS, maleficência encarnada em truques legais:
Levantai a cabeça, olhai mais a frente; conjurei um bisão, vereis:
Queima bovino, torra neste fogo santo, divino, deixa teus restos mortais!
E assim é porque quero e escarneço dos menores com golpes fatais enfeitados
Por demais.

Se não dispostos a cumprir meus desígnios, engolfai na terra e vos queimo
Se prontos, alimentai-vos das carcaças moventes e vos deixo
E eis que se mostram as terríveis artimanhas de meu ofício:
O terror do abandono e o poder do livre arbítrio.

Um comentário:

Márcia de Albuquerque Alves disse...

Oi Victor, tão forte esse texto... esse meio humano e meio que mistérios divinos, dizeres divinos e funções terrenas, liberdades condicionadas - ser livre, mas, paga-se um preço.
Reflito sobre isso, tanto que nem mais sei se há verdades...

bjs