quinta-feira, 23 de julho de 2009

dorme, querida

ouse sonhar tua figura deprimida
sonhe cálices de lágrimas passadas
ou que deprimida beba destas águas salgadas.

sonhe, querida, vontades mortas
sonhe a falência da tua busca inútil
ou que matasse a vontade de falir qualquer busca útil.

e que assim não tenha um sonho que venha agradar
busque e com certeza topará com o que imagino para ti:
uma parcela considerável da minha dor enquanto dorme
um grito ao acordar banhada em suor pestilento
esperança morta de dormir tranquila
e a certeza de que recorde meu rancor de todas as noites.

2 comentários:

~ L disse...

Muito bom, como todos os outros. =)

obrigada pela visita. x)

Márcia de Albuquerque Alves disse...

Amei! Esse é tão bom quanto todos os outros contos que você escreve.