quarta-feira, 24 de setembro de 2008

GALHOS

Este é para vocês, que são alheios aos galhos
Que nem mesmo conseguem vê-los
Muito menos balançá-los com o próprio peso.
Vê, quem lê! Quem escreve, leve.
Meus galhos suportam meu peso, neles pulo
Faço festa, piso forte, nunca caio.
Seriam meus galhos maiores que os teus?
Fortes? Bem mais volume?
Os galhos são maiores sim. Bem mais fortes.
Amplitude que suportaria vários pés.
Não é deus, nem salvador. Nenhum santo, nem amor
É a essência de conhecer tudo que é e há no mundo
É sorrir do quão ignorantes são vocês
É viver ao bel prazer de ser gigante
Conhecer, sorrir, viver, quem dera nunca morrer.
Vê, quem lê!...
Me dói estar tão só em amplo galho
Rir de vocês é excludente, ja foi prazer
Agora é dor, é sina... Conheço de tudo.
Nesse meu galho sobrevivo de teorias
O fazer foi reduzido a ninharias.
Vê, quem lê! Pula logo pro meu galho
Conhece de tudo, aproveita, me conhece
Me pratica, me põe em par de alguém...
Se o pulo que daria, impossível
Vem humano, venha um deus, venha um diabo
Corta o galho, quebra, torce esse fardo
Me derruba, não esquece, me perdoa
Eu era fraco.

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