domingo, 8 de novembro de 2009

Daqui pra frente

Daqui pro mês que vem eu mudo a direção do mundo
Daqui pro mês que vem eu viro outro, numa estrada nova
Daqui pro mês que vem eu vou parando de mentir a vida
E quem sabe daqui pro outro ano metade de minhas palavras
Virem metade de minhas intenções
Que tornem-se metade dos meus atos
Agradando meio a meio quem pensei que agradaria.

Daqui pro outro ano se não vacilar de um monte
Eu torno os eixos pólos desconexos
Daqui pro outro ano se não com laço no pescoço
Polarizo o Equador com lã e agulha
E quem sabe uma década baste
Pra que acorde com o Norte na palma esquerda
O sul na palma direita, na cabeça o Equador
Meu sangue é magma, meu coração, núcleo
Se bato palmas, explodo mundo!
Choque inelástico atrativo
Que tira o tampo do crânio
Cuspidor de lã e agulha!
Daqui pro outro século mudo a verdade e a calúnia.

3 comentários:

Isabele Eleonora disse...

;)

Márcia de Albuquerque Alves disse...

Gostei, gostei, como gosto de todos que você escreve, porque por mais que o significado seja "um", quando o texto é lido por várias pessoas ele deixa de ser só nosso, ele passa a "ser" ou "representar" situações diversas e diversos olhares direcionam-o a outros caminhos... e fiquei pensando como "Daqui pra frente" é algo constante, são promessas de mudanças, são esperanças, desejos, atitudes, e quanto as verdades, se é que existe verdade, existem tantas... existem tantas que gostaria de mudar...
Muito bom, muito bom mesmo!

Bianca Rufino disse...

gostei muito muito!! parabienn